domingo, 23 de dezembro de 2012

Entre o 'não' e o 'nunca'

O sono que nós não dormimos
O chuveiro que nós não dividimos
A tarde preguiçosa de domingo em que não reclamamos da TV
O bolo que você não me fez, que o cheiro eu nunca senti.
As letras de violão que você não tocou

História malfadada
de suspiros entrecortada
É o fruto das expectativas que brotaram no jardim que você cultivou
E agora o sol frio da indiferença ameaça transformar tudo em deserto
A chuva salgada cai sem você ver.




"Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?"

sábado, 17 de novembro de 2012

Sobre ‘nós’


Dificil de definir, de apreender, de escrever
Como organizar tanta informação?
Você deixou te olhar pelo buraco da fechadura
E deixou suas letras aqui pra mim
Me deixou com um monte de ‘ e se´s’
E aquela velha sensação de estar no tempo errado.....

E o estranho é que eu deixei em você a vista de todas as minhas imperfeições
Como se eu mostrasse minhas cicatrizes logo de cara
Chego a pensar que isso pode ser um efeito seu.

Mas é perigoso mergulhar no fundo de alguém e não desatar alguns nós
É perigoso mergulhar e deixar mais alguns nós
Você me deixou mais sozinha comigo mesma
E eu acho que talvez eu não deveria deixar você com esta lembrança
Pensando agora seria tudo diferente, mas como diria o bom Los Hermanos:

‘E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem então agora eu seria?’

E com eles concluo:

‘Ah, tanto faz
Que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu, quem será?’

sábado, 14 de julho de 2012

Paixão em três tempos





...e aquele cabelo... que não decidiu como quer ficar, apenas sabe-se que é liso
Os olhos de ressaca (não teria clichê melhor!)

Não sendo exatamente bonito, sabia sê-lo outras coisas, e ai sim ficava lindo.
Era aquele sorriso safado ressoando por todo o quarto
Sorriso de quem sabe o que quer, e quase consegue quase que por nada.

E a tudo que eu lhe negava, no fundo gritava Sim!
Só para na sua ausência poder imaginar - como seria?
E mais tarde concluir, - Como será?


___

E eu brincava com seu medo,
como uma criança que se atira na frente do carro atras da bola.
sabia do seu receio, e por isso o ignorava.
Pra mim é sempre tudo
Sem intensidade nao tem graça.
Se for pra foder que foda-se tudo

Eu brincava e ele nao ria.
Talvez isso nos afastasse
Mas iria eu pedir desculpas pelo que sou?
Se no fundo era eu quem me divertia.





_____

O inicio do fim.
E de repente minha ansiedade é tanta que vejo seu sorriso devanecer
Vou ao velório das expectativas que eu mesma criei,
sabendo que eu vou te encontrar lá.
Vejo agora que você está bonito,
mas é só.

domingo, 1 de julho de 2012

Devaneios

Muito tempo longe desse espaço né... Mas isso é bom sinal, pra mim significa estar entrando em equilíbrio. Sempre escrevi quando estava angustiada, ou sentindo qualquer coisa ruim... Afinal o que era bom eu 'só vivia'. Agora posso dizer que vivo uma 'outra fase'. Tenho escrevido no geral, sobre várias situações, sempre frases curtas, ou um ensaio de um poema. Sao mais reflexões acerca de alguma situação que eu vivenciei, ou melhor, como eu vivenciei. Tava sem saber onde colocar isso tudo, dai lembrei que eu já tenho esse espaço. Entao, melhor q criar novas senhas e aquela trabalheira toda vou trazer pra cá esses pequenos trechos de mim , que eu gostaria de chamar "Devaneios". Sinta-se á vontade para devanear comigo. =D