segunda-feira, 28 de junho de 2010

...

Eu quero parar essa ansiedade...
Não é dor.
Com a dor eu lido bem,
Tem sempre os remédios, tenho as lagrimas
Mas a ansiedade me deixa sem ação
Sem conseguir fazer nada além de tremer
E agora nada mais anda adiantando...
Eu nao consigo me distrair..
O remédio esta perdendo o efeito..
Eu nao sei ate quando posso aguentar
Viver nesse sufoco, nessa agitação..
Eu posso sentir isso na minha cabeça...
As vezes me parece um câncer
Sem cura.
Eu queria pensar q isso fosse diferente
Mas quanto mais tenho enfrentado isso desde começou
As crises tem sido mais fortes...
Tem hora que eu chego a pensar q vou morrer...
-ou que poderia...
É terrível demais pra eu agüentar...
E eu não consigo mostrar isso p ninguém..
Ninguém entende uma coisa que...
Que eu mal sei explicar...
Dá vontade de dormir horas, dias...
Pra sempre...
Ou acordar na pele de outra pessoa...
Por favor, rezem por mim.
Tem horas que eu não sei como vou poder aguentar.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Angst

Eu tenho medo.
Medo de ficar louca
Medo de ficar sozinha
Como eu sempre fui...

Eu tenho meus altos,
-momentos em que tento acreditar e ir atrás
De alguém que possa querer realmente entender
Eu deposito esperança nesse meu vazio
Fico esperando alguém entrar pela porta nesse quarto escuro.

Mas também tenho esses outros momentos
Em que a mentira que é acreditar nisso tudo
Se despedaça bem na minha frente
E eu não sei como lidar com isso
Pensar nesse buraco que nada preencherá
E é nesses momentos em que eu sinto que eu perco o controle
Eu quero chorar, eu quero comer ate ficar cheia
Eu quero estar nos braços de alguém somando minha solidão a dele, mesmo sabendo que isso não é estar com alguém

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ser amada - pelo que eu sou.

I wanna someone to love me
For who I am
I wanna someone to need me,
Is that so bad?
I wanna break all the madness,
But it's all I have
I wanna someone to love me
For who I am

Nothing make sense,
nothing make sense anymore
Nothing is right,
Nothing is right when you're gone
I'm losing my breath,
I'm losing my right to be wrong
I'm frightened to death
I'm frightened that I won't be strong



É tudo que eu sempre quis...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não de hoje.

Porque para mim é tão difícil me preocupar só comigo mesma?
Não é que eu ande a toa, tenho até bastante coisas para fazer, planejar...
Mas porque esse vazio incomoda tanto e parece ser maior que o de qualquer outra pessoa?
Porque eu não consigo ficar bem só comigo mesma?
O dia que passo em casa sozinha, com tempo para fazer o que eu quiser e gostar se torna angustiante ao extremo.
Milhões de perguntas vem a cabeça
Porque eu não me basto, não me consigo, não me tolero?
Porque outras pessoas não reclamam disso também?
Porque eu sou mais carente que o normal?
Isso me gera uma confusão imensa, sem conseguir finalizar relações que não estão e muito provavelmente não darão em nada.
Fico me agarrando a minutos de companhia e me abandonando a horas de angústia.
Será que eu sempre serei assim?
Sempre precisarei ou buscarei o outro?
Ate que ponto e como posso melhorar isso em mim?
Como outras pessoas conseguem preencher esse buraco com outras coisas?
E eu, porque não consigo por mais que tente?
To ficando realmente perdida sem saber se ando progredindo, porque muitas vezes só me vejo andando em circulos.
A falta é a mesma, a ansiedade é a mesma
Numa busca louca por alguma forma de enfrentar isso – qualquer forma- eu me perco pra no final indagar minha essência; o que eu quero? O que eu gosto? O que estou fa-zendo comigo? Por mim? Será que enfrentar ou fugir da busca não é a mesma coisa de sempre estar buscando?
Me mover pela busca.
Eu sou a busca.
Eu so consigo concluir que sou aquilo que me falta.
Eu posso fazer de tudo, a única constante é esse alguém que não vem.
Eu não vim.
05/04/10

domingo, 6 de junho de 2010

06/06

Eu dei a ele o que eu gostaria de receber,
Eu fui a compreensão e a calma pra angustia dele
Eu pensei que agindo assim eu poderia contar com ele
-quando a angustia mudasse de alvo e viesse bater a minha porta
Mas não,
De novo e sempre o meu rosto fica quente e se inunda.
E ele não se importa.
Não sabe, não quer saber, não se interessa
Meus soluços só fazem incomodar seu sono
E num rompante ele se levanta e vai embora.
Ninguém vai agüentar isso. Nunca.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Não poderia falar melhor por mim...

Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...