domingo, 23 de dezembro de 2012

Entre o 'não' e o 'nunca'

O sono que nós não dormimos
O chuveiro que nós não dividimos
A tarde preguiçosa de domingo em que não reclamamos da TV
O bolo que você não me fez, que o cheiro eu nunca senti.
As letras de violão que você não tocou

História malfadada
de suspiros entrecortada
É o fruto das expectativas que brotaram no jardim que você cultivou
E agora o sol frio da indiferença ameaça transformar tudo em deserto
A chuva salgada cai sem você ver.




"Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?"

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